domingo, 7 de outubro de 2012

Os grãos daqui

Em meados da década de 60 os agricultores de Chapecó e região tinham poucas expectativas em relação ao futuro. A produção predominante de grãos como milho, feijão e trigo ficava a mercê de atravessadores, comerciantes locais que nem sempre pagavam o merecido valor desses alimentos.


                                                                                                                           Foto: Victorino Biázio Zolet

Em 1970, a  Cooperchapecó, antecessora  da Cooperalfa , inaugurava seus primeiros armazéns com fantástica capacidade a época, de 300 mil sacas de cereais. Da esquerda para a direita; Odilon Serrano, Auri Luiz Bodanese, Lenoir Vargas Ferreira, João Cândido Linhares, Ernesto De Marco, Antonio Carlos Konder Reis, Plínio Arlindo De Nes, Dom José Gomes(bispo) e Frei João


Foi por esse motivo, que em 29 de outubro de 1967, sobre os escombros de outra cooperativa que havia cessado as operações anos antes (Cooperativa Tritícola D´Oeste). Emergiu a então Cooperativa Mista Agropastoril de Chapecó Ltda. Mais tarde em janeiro de 1975, com a fusão com a CooperXaxiense, originou a Cooperativa Regional Alfa, ou Cooperalfa



Da primeira reunião de fundação, participaram os idealizadores, Aury Luiz Bodanese, que presidiu a Alfa por 29 anos, e Setembrino Zanchet, então gerente do Banco do Brasil, mais 36 pioneiros que assinaram a ata de constituição.

O Banco do Brasil também teve interesse, e isso era política expansionista dos governos militares da época, terceirizar o fomento à produção de comida, passando essa missão para as cooperativas agropecuárias. O Estado liberava generosas doses de recursos, com financiamentos de longo prazo e a taxas amenas de juros, para que isso ocorresse. Com a Alfa não foi diferente, pelo menos no início.

Os primeiros armazéns nasceram assim e isso foi importante, pois os associados, tinham onde guardar a produção e operar no mercado quando bem lhe conviesse, e não “ter que vender no fim da colheita, ao preço que fosse”, como era até então.

Isso explica um pouco do motivo de os comerciantes terem se enfraquecido nas últimas décadas, sendo que a maioria simplesmente desapareceu do cenário econômico.

Fonte:
 http://www.cooperalfa.com.br/2010/index.php
http://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/viewFile/782/1047

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