Ao tentar explicar os principais meios de transportes da nossa região na metade do século passado é fazer uma relação muito próxima do céu e a terra.
A precariedade das
estradas era tanta que a alternativa mais viável foi construir um
campo de pouso. Onde atraiu meia dezena de empresas aéreas para
operar em Chapecó.
Foto: Victorino Biázio Zolet
Aeroporto Paulo Marques - Bairro São Cristóvão - Chapecó 1957
As dificuldades na construção de estradas, não se resumiam somente pelo difícil relevo geográfico ou por falta de equipamentos específicos para desbravar o enorme espaço territorial.
A espessa floresta e
as bacias hidrográficas eram os piores obstáculos, isso pelas
traiçoeiras armadilhas de grandes árvores e por numerosos rios
existentes.
Foto: Victorino Biázio Zolet
Terminal de passageiros da Família Palma, na Av. Getúlio Vargas
Terminal de passageiros da Família Palma, na Av. Getúlio Vargas
No livro E...Chapecó levantou voo, escrito pelo
ex-prefeito Altair Wagner, o autor descreve que “desde a criação
do município de Chapecó em 25 de agosto de 1917, houve dificuldades
na comunicação rodoviária com a Capital. O trajeto era feito,
usando estradas do Paraná ou do Rio Grande do Sul, como fizeram os
primeiros Prefeitos e lideranças de Chapecó”.
http://soundcloud.com/jeanassmannferro/estradas-e-aviao-1-2
http://soundcloud.com/jeanassmannferro/estradas-e-aviao-1-2
Ele relata ainda,
quando veio morar aqui em 1957, para se deslocar a Porto Alegre ou
Curitiba o tempo gasto era de sete ou oito horas, enquanto para
chegar a Florianópolis, com o tempo bom, se consumia doze, treze ou
mais horas de viagem.
Foto: Victorino Biázio Zolet
Precariedade das estradas. Passageiros ajudam resolver o problema
Também pela precariedade das estradas, um grupo de abnegados no final da década de 1940, precisamente em 08 de agosto de 1948, fundou o AeroClube Chapecó. O sonho estava na possibilidade de um dia existir uma escola de pilotagem e linhas aéreas regulares na cidade.
Precariedade das estradas. Passageiros ajudam resolver o problema
Também pela precariedade das estradas, um grupo de abnegados no final da década de 1940, precisamente em 08 de agosto de 1948, fundou o AeroClube Chapecó. O sonho estava na possibilidade de um dia existir uma escola de pilotagem e linhas aéreas regulares na cidade.
As primeiras
providências foram tomadas, um pedido de doação de 242.000 m² de área de
terra. A doação foi feita pela Empresa Bertaso.
Foto: Victorino Biázio Zolet
Aeroporto Chapecó - Bairro São Cristõvão 1957
Esse feito foi na administração do prefeito Vicente Cunha. Com a liderança do entusiasta pela aviação Paulo Marques, foi iniciado a construção da pista de pouso no bairro São Cristóvão. Com carrinhos de mão, pás e picaretas fora o início da pista. Numa fase da construção foi adaptada uma lâmina num trator cedido por Hermínio Tissiani, para facilitar a terraplenagem.
No
início da década de 1950, o Aeroporto além de acolher a Escola de
Pilotagem, cinco empresas aéreas mantinham voos em Chapecó, são
elas: Varig, TAC-Transportes Aéreos Catarinense, Cruzeiro, Real e
Sadia.
Por dificuldades
financeiras, Diretoria e Conselho Deliberativo do Aero Clube Chapecó
(ACC), resolveram em assembleia, doar a área de terra pertencente
ao ACC para o Município de Chapecó.
Foi a Lei nº. 36 de 13 de agosto de 1957, da Câmara Municipal de Vereadores, depois de sancionada e promulgada, autorizou o Poder Executivo receber a doação. O Prefeito foi Plínio Arlindo de Nês.
Foi a Lei nº. 36 de 13 de agosto de 1957, da Câmara Municipal de Vereadores, depois de sancionada e promulgada, autorizou o Poder Executivo receber a doação. O Prefeito foi Plínio Arlindo de Nês.
A
antiga pista de pouso é a rua Osvaldo Cruz, no mesmo bairro São
Cristóvão, hoje toda habitada.
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